segunda-feira, 10 de novembro de 2008

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Passa todo garboso
O homem para o trabalho
Assalariado mas empregado
Flerta com a vaidade
Que não deveria ter
Senta-se num botequim
Pede o almoço
Toma uma cerveja
Paga com pose de patrão
A comida tosca
Menospreza quem lhe serve
Faz questão de manter uma distância
Que não condiz
Com o que verdadeiramente é
Mas ele é o que pensa
Mas ele só pensa
Não é
Ele não é nada
Menos que os outros
Este homem é dono
Da maior solidão
Que não sabe que tem

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